O mercado varejo e os 3S – Shopping, Shein, Shopee

mercado varejo

O site Exame apresentou um cálculo feito pelo BTG Pactual considerando uma cesta de oito produtos: vestido, calça jeans, jaqueta, saia, moletom, T-shirt, botas e bolsa. De acordo com os dados do relatório esse conjunto de itens totaliza R$ 648 na varejista chinesa Shein, cifra que é de R$ 989 na Riachuelo e de R$ 990 na C&A. A Renner é a que mais se distancia, com R$ 1.089.

Olhando para esses números é possível concluir que Shein é 52% mais barata do que varejistas brasileiras. E para apertar ainda mais o calo do varejo, a Shein anunciou na última semana que pretende nacionalizar 85% dos produtos nos próximos quatro anos. Segundo a Exame, para cumprir essa tarefa, a empresa vai investir US$ 150 milhões e deve gerar 100 mil empregos ao longo dos próximos três anos.

Como manter o diferencial?

O cenário desafiador que vive hoje o mercado varejista e os shopping centers, estimula os departamentos de marketings a se reinventarem e as alternativas estão nas portas ao lado.

Olhar para outros mercados, fazer parceria com outras agências e se mover na direção que sopram os ventos é o que tem sido estimulado por especialistas do varejo.

A venda física tem acompanhado a venda virtual e a presença de técnicas de social selling tem sido uma das estratégias, além da diversificação da matriz de produção, alto engajamento com campanhas sazonais e tráfego orgânico.

O impacto das gerações do mercado varejo

A geração Z, nascidos entre 1997 e 2012 são os maiores consumidores da Shein e inspiram as gerações X e Y a praticar o mesmo hábito. Porém, em tempos de ESG e capitalismo consciente, falta coerência entre o discurso e a prática ambientalista.

Os preços baixos praticados pelas globais chinesas são facilmente questionáveis e os critérios de trabalho ainda não são claros. Já as varejistas, como a Renner por exemplo, têm credenciais de sustentabilidade e optam por diminuir o rastro ambiental em suas escolhas de compra.

O “barato” é à custa de alguém (ou alguéns)”, afirmou Fábio Alperowitch, fundador da Fama Investimentos e conselheiro da WWF e da GRI.

Portanto, os shopping centers podem levantar a bandeira ESG e o ativismo como branding e disponibilizar espaços para que ações sustentáveis tenham notoriedade.

Existem infinitas possibilidades e as agências e startups estão olhando para isso!!!